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Vantagem de bairros boêmios é a praticidade

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Eleni Trindade

Se por um lado, a proximidade com baladas, casas noturnas e bares pode tirar valor de um imóvel, em outras situações, uma residência pode se valorizar muito caso o objetivo do novo inquilino seja viver em regiões badaladas da cidade de São Paulo, onde é farta a oferta de comércio e serviços.

“Quando o imóvel não é exatamente vizinho de uma casa noturna ou bar, mas está próximo e permite fácil acesso das pessoas até mesmo a pé, ele passa a ser valorizado no mercado. E é bastante procurado por um público que inclui, jovens solteiros ou casais e executivos que buscam praticidade no dia a dia”, explica Flávio Prando, vice presidente de Habitação do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). “Esse conceito urbanístico, aliás, é o que prevalece hoje em todo o mundo e é chamado de work, live and play (trabalhe, viva e se divirta, na tradução livre do inglês)”, afirma ele.

De acordo com Prando, o objetivo de tal proposta de desenvolvimento urbano é reduzir deslocamentos dentro das cidades. Assim, as pessoas podem resolver seus compromissos numa mesma região, ganhando em troca mais tempo para se dedicar a si e à família.

A praticidade que a região proporciona tem peso importante na decisão de compra. “Ao mesmo tempo em que as pessoas buscam conforto e tranquilidade para morar, o que fala mais alto atualmente é a localização dos empreendimentos”, destaca Marcos França, diretor comercial da Requadra Desenvolvimento Imobiliário, que faz incorporações na região central da cidade. “Cada caso é um caso, mas as pessoas gostam de morar, em geral, em regiões com opções de transporte, serviços e lazer, mesmo com o ônus do trânsito e do barulho”, diz. “O motivo é que sair de um canto da cidade e ir para outro para trabalhar, por exemplo, traz muito desgaste e morar perto de tudo melhora a qualidade de vida.”

Os bairros com característica de vida mais agitada são valorizados e em poucos casos pode haver desvalorização, explica Omar Anauate, diretor de Condomínio da Associação das Administradores de Bens Imóveis e Condomínios do Estado de São Paulo (Aabic). “Essa hipotética depreciação dos imóveis somente aconteceria caso os frequentadores das baladas passassem a influenciar negativamente no cotidiano dos moradores, fazendo atos como dificultar estacionamento na rua e o acesso a casas e prédios e deixar sujeira espalhada, por exemplo”, diz.

“Na maioria dos casos, a presença constante de pessoas e movimentação noturna de veículos deixa a região relativamente mais segura do que uma área deserta. Além disso, hoje em dia os bares e outros estabelecimentos de lazer têm se adequado à Lei do Silêncio. Em geral, as pessoas veem como vantagem ter tudo perto de casa para ter a vida facilitada.”

Quando o imóvel não é exatamente vizinho de uma casa noturna ou bar, mas está próximo e permite fácil acesso das pessoas até mesmo a pé, ele passa a ser valorizado no mercado (Foto: Nilani Goettems/AE)



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